HarmoKnight



Nesta geração, a Nintendo tem apostado bastante mais no desenvolvimento de jogos digitais, pensando em jogos pick and play com conteúdos que nos deixam agarrados a querer descobrir o que há mais nesses jogos. Desta vez é a Game Freak que nos traz uma boa surpresa, com um novo título que não é Pokémon!

HarmoKnight tem uma história bastante batida, mas as personagens são bastante interessantes e têm um charme muito próprio que nos cativa! Tempo é o protagonista silencioso que acidentalmente se vê no papel de salvar Melodia e resgatar a princesa Ariana, que foi raptada por Gargan o líder dos Noizoids. Nessa demanda está sempre acompanhado pelo seu parceiro Tappy, um coelho dançarino, e durante a aventura conhece a arqueira Lyra, o poderoso Tyko acompanhado pelo seu tambor e fiel amigo Cymbi, um macaco que toca pratos.

O jogo está apresentado como um conto infantil ao estilo da banda desenhada, em que a história aparece como tiras ilustradas com efeitos sonoros bastante familiares dentro do género. Toda a apresentação parece um pequeno teatro, mesmo os cenários dentro de jogo são simples, mas o efeito 3D da consola acompanha bem o estilo, mesmo quando são desenhos "bi-dimensionais". O mundo de Melodia surge numa apresentação que nos lembra de Super Mario World e, nas diversas zonas que vamos percorrendo, temos lutas com bosses para defrontar, onde o estilo BD é extremamente evidente e empolgante.

A jogabilidade é bastante simples: percorremos um nível e temos de acompanhar o ritmo da música com diversas ações, principalmente atacar e saltar, e apanhar notas musicais para conseguir uma melhor pontuação. Por vezes temos caminhos alternativos, mas apenas um deles nos dá uma maior quantidade de notas. O jogo é relativamente fácil e, muitas vezes, não precisamos de conseguir todas as notas para ter uma classificação de topo, até porque devido aos caminhos alternativos tal não é possível, e mesmo tendo uma "barra" de vida representada por corações, nunca estamos propriamente em perigo, até porque existem muitos corações para recuperar durante o nível.

As músicas são boas, embora muitas vezes os diferentes níveis tenham só uma versão alternativa de uma música que já ouvimos anteriormente. No entanto, os níveis variam bastante, e cada zona do mundo respeita um género musical diferente, oferecendo variedade o suficiente para que o jogo não seja muito repetitivo. Por vezes Lyra, Tyko e Cymbi ajudam-nos nos níveis, mas a jogabilidade mantém-se igual, mudando apenas o modo como o jogo é apresentado. Temos ainda coisas escondidas pelo jogo que nos faz querer repetir o nível, para desbloquear tudo.


Temos ainda músicas de Pokémon que nos enchem de boas memórias, dentro do género retro e há mesmo músicas com efeitos sonoros dos jogos a acompanhar o ritmo. Infelizmente são uma muito pequena amostra da série, e embora este não seja um jogo de Pokémon, teria sido interessante ver mais conteúdo da série presente no jogo. Seria interessante ver novas aventuras de Tempo e companhia num novo jogo, independentemente do seu género. Embora seja um jogo de ritmo e isso apenas é motivo o suficiente para querer repetir o nível por gostar da música, ficamos sempre a querer mais.

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