Metroid Fusion


A primeira fornada de jogos do GBA para a Virtual Console da Wii U já está aí. Entre eles, temos o fantástico Metroid Fusion. Quarto jogo da série principal de Metroid, Fusion saiu originalmente em 2002, no formato portátil. Desenvolvido pelos mesmos criadores do aclamado Super Metroid, Fusion é também conhecido pelo título alternativo de Metroid 4.


Cronologicamente situado a seguir aos eventos de Super Metroid, Fusion mostra-nos uma Samus Aran numa missão de investigação para a Federação Galáctica. É durante a exploração ao planeta SR388 que Aran encontra os infames parasitas X, que conseguem duplicar os atributos físicos e as memórias daqueles com os quais estão em contacto. Apesar de os conseguir eliminar, Samus é infectada com o vírus dos X. Levada de emergência para a estação espacial, Aran é submetida a uma operação arriscada: o vírus X estava a atacar directamente o sistema nervoso da caçadora. O que a salva é uma vacina milagrosa desenvolvida a partir dos restos do pequeno Metroid que ela resgatou no segundo jogo (e que a salvou no terceiro).

No final, Samus renasce com a habilidade de absorver os X, mas exposta à vulnerabilidade inerente dos Metroids: o frio. De referir que os Metroids, antes do seu extermínio às mãos de Samus, eram os principais predadores dos X. Contudo, e para dificultar um pouco as coisas, a Federação vê-se forçada a ter que retirar a armadura a Samus. Com excepção de certas partes, a restante armadura é enviada para análise na estação espacial. Resta à caçadora um novo “fato”, o chamado Fusion Suit. E é precisamente na estação que começam os problemas. A Federação envia Samus, já recuperada, para descobrir a razão por detrás de uma violenta explosão na mesmíssima estação. Apoiada por um computador de bordo, programado com os padrões mentais do seu antigo comandante de tempos idos, Samus deve proceder a uma inspecção minuciosa da silenciosa e sombria estação.


Esta é a estória de Metroid Fusion, que é magnificamente contada pelas fantásticas cenas da introdução. É certo que grande parte delas são desenhos parados, mas isso não lhes retira a intensidade e o brilhantismo. Até porque por ora do GBA, poucos eram os jogos com este tipo de apresentação. E no que diz respeito a ambiência e apresentação, Fusion está muito bem. Com um clima soturno e silencioso, Fusion mergulha-nos na estória e deixa-nos a pensar que estamos, realmente, sozinhos na imensa estação espacial.

Com gráficos fenomenais para a pequena portátil, Fusion goza de uma grande variedade no design dos níveis, cenários e inimigos. Nunca estaremos em dois sítios similares ou enfrentaremos os mesmos inimigos vezes e vezes sem conta. Tudo parece novo e fresco. Outra coisa que ajuda a estabelecer o clima é a música. Esta é fantástica e gera ansiedade extra no jogador, á medida que vamos avançando sem noção de qual o perigo que se irá seguir.


Relativamente à jogabilidade, Samus controla-se muito bem. A sua capacidade de disparar em múltiplas direcções revela-se extremamente útil contra inimigos velozes, por exemplo. Muito vantajosa é a capacidade de se agarrar, o que evita quedas acidentais. De regresso estão habilidades como o disparo carregado, o duplo salto ou o screwattack. De salientar que, e seguindo a tradição da série, muitas destas habilidades estão bloqueadas de início. É necessário, mesmo exigido, ao jogador que vasculhe cada canto da estação em busca de armas, tanques de energia, entre outras coisas.

O jogo, fortemente carregado na vertente da exploração, obriga Samus a efectuar muito backtracking. Para evitar que o jogador se perca é disponibilizado um mapa da área, através das chamadas Navigation Rooms. Isto vem facilitar e muito a navegação pela vastidão da estação. Junto com estas salas, Fusion tem, ainda, mais duas outras. A Data Room, usada para se efectuar o download de novas habilidades e a Save Room, que como o próprio nome indica, serve para gravar o nosso avanço no jogo.


Com a passagem para a Wii U e a disponibilização do Save State, as Save Rooms tornam-se obsoletas, pois é possível gravar em qualquer lado e qualquer altura. A versão doméstica de Fusion disponibiliza o manual através da sua visualização via GamePad. O jogo, propriamente dito, pode ser jogado quer no GamePad, quer na TV, dependendo somente da preferência de cada um. Nota-se, também, que houve um esforço em melhorar a imagem e o som, visto esta tratar-se uma versão de um jogo portátil. Metroid Fusion continua a ser uma das melhores entradas na série e é, agora, uma grande aquisição para o catálogo virtual da Wii U.

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